quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cientistas gravam 'dramática' diminuição de geleira na Patagônia

Cientistas chilenos registraram pela primeira vez em vídeo o encolhimento da geleira de Jorge Montt, uma das principais do sul da Patagônia.
Eles descreveram a perda de gelo como um "retrocesso dramático", acelerado nos últimos dez anos pelo aquecimento global.


Veja o vídeo:



Segundo os especialistas, o derretimento acelerado faz a geleira de 454 quilômetros quadrados perder um quilômetro por ano.

As imagens foram feitas por pesquisadores do Centro de Estudos Valdívia, entre fevereiro do ano passado e janeiro deste ano.[Fonte: IG]

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

COP-17: começa a ser decidido o futuro do Protocolo de Kyoto

As reuniões de alto nível da XVII Cúpula da ONU sobre Mudança Climática (COP-17) começam nesta terça-feira em Durban (África do Sul) e serão chaves para decidir o futuro do Protocolo de Kyoto.
Espera-se que 12 chefes de Estado e Governo e 130 ministros assistam às reuniões, que serão abertas nesta terça-feira às 17h com cerimônia na qual participarão, entre outras personalidades, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Um dos grandes assuntos pendentes sobre a mesa da COP, que ocorre de 28 de novembro a 9 de dezembro, é a renovação do Protocolo de Kyoto, que expira no fim de 2012.

Assinado em 1997 e em vigor desde 2005, o protocolo estabeleceu compromissos legalmente vinculativos de redução de emissões de gases do efeito estufa para 37 países desenvolvidos, com a exceção dos Estados Unidos, país que não ratificou. Os negociadores tentam agora acordar uma segunda fase que sirva de transição para um novo acordo internacional legalmente vinculativo.
Os países em desenvolvimento consideram crucial a ratificação desse segundo período pelas economias ocidentais. Rússia, Japão e Canadá, entretanto, já disseram que não renovarão o tratado enquanto seus concorrentes comerciais - China, Índia e os Estados Unidos - não assumirem compromissos similares.
Um consenso sobre a prorrogação do protocolo vem sendo forjada desde o início da cúpula, revelou a secretária executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), a costarriquenha Christiana Figueres. "Estão em estudo quais as opções existentes para alcançar esse segundo período. A pergunta não é mais se vai haver um segundo período, mas como será feito o segundo período", declarou Christiana à Agência Efe no último dia 2.
Na segunda-feira, a responsável da UNFCCC garantiu que embora Rússia, Japão e Canadá rejeitem renovar o acordo, "não vão obstaculizar esse compromisso". O chefe da delegação chinesa, Xie Zhenghua, ressaltou nesta segunda-feira que pactuar uma segunda fase do Protocolo de Kyoto "é o mais importante" da COP-17. Xie indicou que seu país, maior emissor de gases do efeito estufa do mundo, está disposto a aceitar um acordo legalmente vinculativo de redução de suas emissões poluentes, embora com uma série de condições.
Entre as demandas está o acordo de uma segunda fase de Kyoto, a criação do Fundo Verde para o Clima (FVC) e o princípio de responsabilidade comum, mas com exigências diferenciadas. Xie detalhou que a China não se acolheria ao possível acordo até após 2020, quando vencem as ações voluntárias dos países em desenvolvimento recolhidas no protocolo. A esse respeito, o enviado especial dos EUA para Mudança Climática, Todd Stern, advertiu na segunda-feira que seu país não assinará novo acordo global de redução de emissões sem uma paridade legal com as potências emergentes como China, Índia e Brasil.
"Isso é imperativo", ressaltou Stern, cujo país é o segundo maior emissor mundial de gases do efeito estufa e se nega a um acordo global vinculativo antes de 2020. Países emergentes como o Brasil veem com bons olhos a proposta da União Europeia (UE): pactuar em 2015 acordo de redução de emissões que entre em vigor em 2020 e comprometa todas as grandes economias, com prorrogação do protocolo de Kyoto como transição. Outra das questões importantes que centrarão as reuniões de alto nível é a iniciada do Fundo Verde para o Clima (FVC).
A ministra sul-africana de Relações Exteriores, Maite Nkoana-Mashabane, presidente da COP17, garantiu nesta segunda-feira que nenhum país se opôs na conferência a FVC. O FVC, estipulado na COP16 de 2010 em Cancún (México), é um mecanismo que vai colocar à disposição dos países em desenvolvimento US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para investir em energias limpas e combater a mudança climática. A ministra sul-africana admitiu que o documento em análise pelos negociadores "não é perfeito", mas insistiu em que recebeu "muitas reações positivas".
Segundo Nkoana-Mashabane, a aprovação da estrutura e a governabilidade do Fundo em Durban são necessárias para "apoiar financeiramente a adaptação (à economia verde) e a redução (de emissões) dos países em desenvolvimento". Pelos números divulgados nesta semana pela ONU, quase 16 mil delegados e observadores de 194 países participam da COP-17.[Fonte: Terra]

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cientistas confirmam derretimento das geleiras do Himalaia

Novos estudos científicos sobre o derretimento das geleiras do Himalaia revelam o impacto das mudanças climáticas nesta região e a ameaça que pesa sobre 1,3 bilhão de habitantes. Segundo os estudos publicados em três relatórios do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (ICIMOD), com base em Katmandu, as geleiras diminuíram 21% no Nepal e 22% no Butão nos últimos 30 anos.
Estas descobertas, reveladas domingo na conferência sobre o clima em Durban, são a primeira confirmação oficial sobre o derretimento das geleiras, após várias declarações empíricas.
Elas corrigem também um anúncio errado do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que afirmou em seu 4º relatório em 2007 que as geleiras do Himalaia derretiam mais rápido do que as outras do mundo e "poderiam desaparecer até 2035, ou antes".
O IPCC afirmou que foi "um lamentável erro" provocado por "procedimentos que não foram devidamente acompanhados". Apoiados pelo projeto de pesquisa financiado pela Suécia e realizado pela ICIMOD durante três anos, os especialistas descobriram que as 10 geleiras observadas estão em processo de derretimento em uma velocidade que acelerou entre 2002 e 2005. De acordo com os resultados de outro estudo, o volume de neve que cobre a região diminuiu de maneira significativa nos últimos 10 anos.
"Estes relatórios fornecem um novo ponto de comparação e informações sobre as zonas geográficas específicas para compreender a mudança climática em um dos ecossistemas mais vulneráveis do mundo", comentou o presidente do IPCC, o indiano Rajendra Pachauri.
As 54.000 geleiras do Himalaia alimentam com água os oito maiores rios da Ásia, entre eles - Indus, Ganges, Brahmaputra, Yangtze e Rio Amarelo - suscetíveis de serem afetados pelo stress hídrico nas próximas décadas, com potenciais consequências para os 1,3 bilhão de pessoas.[Fonte: Terra]

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nível do mar continuará subindo pelos próximos 500 anos

A elevação do nível dos oceanos nos próximos séculos é talvez uma das mais catastróficas consequências do aumento das temperaturas. Custos econômicos massivos, consequências sociais e migrações forçadas podem são apenas alguns resultados do aquecimento global.
Pesquisadores do Instituto Niels Bohr e da Universidade de Copenhage calcularam as perspectivas de longo prazo da elevação do nível dos oceanos relacionado à emissão de gases poluentes. Os resultados, publicados na revista cientifica Global and Planetary Change, revelaram que os níveis dos oceanos devem continuar subindo por pelos menos 500 anos.
"Nós não estamos olhando para o que está acontecendo com o clima, mas nos focamos exclusivamente nos níveis dos oceanos", explicou Aslak Grinsted, pesquisador do Center for Ice and Climate (Centro para Gelo e Clima, na tradução para o português) e da Universidade de Copenhage.
Previsões
O grupo de pesquisadores realizou cálculos para quatro futuros cenários. O quadro pessimista, que parte do pressuposto de que as emissões de gases estufa continuem a subir, mostra que os níveis do mar vão aumentar 1,1 me até 2100 e 5,5 me até 2500.
Mas mesmo no cenário mais otimista, que depende de severas mudanças climáticas e esforços econômicos e sociais na redução do impacto ambiental, os níveis do mar continuariam a subir. Até 2100 a elevação corresponderia a cerca de 75 cm e a 2 metros até 2500, de acordo com as previsões.[Fonte: Terra]

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Rio de 6 mil km é descoberto embaixo do Rio Amazonas

Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d’água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.
Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobras, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.
Os dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio. Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza.
Características
A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil m3/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma ideia da força do Hamza, quando a calha do Rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.
As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d’água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano.
Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar. [Fonte: Yahoo]

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ONU calcula gasto trilionário para evitar "catástrofe ambiental no planeta"

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, na terça-feira (5), pesquisa em que calcula um preço para evitar uma "catástrofe ambiental no planeta". Segundo o relatório, até 2050 será necessário investir US$ 1,9 trilhão por ano para intensificar o uso de tecnologias verdes existente e para criar "novos instrumentos tecnológicos necessários". Com isso, o montante aplicado precisaria ser US$ 76 trilhões até o final das próximas quatro décadas.
Atualmente, segundo a pesquisa, 90% da energia mundial é proveniente de combustíveis fósseis, que por sua vez são responsáveis por 60% das emissões de CO2. "A revisão tecnológica terá de ser na escala da primeira revolução industrial", afirma a pesquisa. O estudo ainda cobra a comprometimento dos países em desenvolvimento, como o Brasil, de se responsabilizarem pelo investimento de pelo menos metade dessa quantia, cerca de US$ 1,1 trilhão a cada ano.
Caso os países em desenvolvimento acatem o apelo da ONU, o investimento em “energia verde” precisaria ser expandido entre 2% a 4% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). O Brasil aplica atualmente um percentual até superior ao recomendado. Em 2010, foi o equivalente a 18,4% de seu PIB na chamada energia limpa.
Segundo a ONU, “desde a revolução industrial, a renda mundial e a população cresceram exponencialmente, assim como a demanda de energia e o acúmulo de resíduos poluentes” chegando ao “limite da atividade humana.” Portanto, de acordo com o relatório, "as mudanças devem ser realizadas em um prazo limitado – mais cedo ou mais tarde – por causa das pressões ecológicas".

Investir é preciso

“Os maiores esforços para a transformação tecnológicas devem ocorrer a nível nacional, respeitando as condições individuais”, diz o documento, que ainda cobra compromissos de desenvolvimento tecnológico entre as nações e maior cooperação para financiamentos.
A pesquisa ainda alega que os empresários e os governos costumam enxergar o financiamento como principal obstáculo para a rápida adaptação às energias limpas. Como saída, o relatório sugere ajuda internacional para suprir as demandas.

Rio+20

No mesmo ensejo climático, o Rio de Janeiro será palco, de 28 de maio a 6 de junho de 2012, de um amplo debate sobre sobre o assunto. O encontro contará com a participação de representantes de diversos países, entre eles os principais alvos de críticas pelos métodos de produção poluidores, como China, Índia e Estados Unidos.
O subsecretário geral da ONU, Sha Zukang, falou sobre a importância de se debater a pesquisa no encontro. “O relatório é leitura obrigatória para o Rio+20, que é uma oportunidade para definir caminhos de um caminho mais seguro, limpo e próspero para todos”, explica Zukang.[Fonte: RedeBrasilAtual]

quinta-feira, 3 de março de 2011

Planeta pode estar próximo de sofrer nova extinção em massa



O declínio nas populações de muitas espécies animais, de peixes a tigres, fez alguns cientistas alertarem uma possível extinção em massa na Terra, assim como as que ocorreram cinco vezes durante os últimos 540 milhões anos. Cada uma dessas "Grandes Cinco" extinguiu três quartos ou mais de todas as espécies animais.

Em um estudo publicado na edição desta quinta-feira, 3, da revista Nature, paleobiólogos da Universidade da Califórnia, Berkeley, avaliaram como os mamíferos e outras espécies estão hoje em termos de possível extinção, em comparação com os últimos 540 milhões de anos, e encontraram motivos para esperança e também preocupação.

Segundo o principal autor Anthony D. Barnosky, professor de biologia integrativa da UC Berkeley, ao olhar os mamíferos em risco crítico - aqueles em risco de extinção é de pelo menos 50% num prazo de três gerações - e assumir a possibilidade de que poderão estar extintos dentro de mil anos, uma variação fora do normal, pode apontar para uma extinção em massa.

Barnosky argumenta que se espécies atualmente ameaçadas - aquelas oficialmente classificadas como em perigo crítico, em perigo e vulneráveis - realmente forem extintas, e que tal taxa de extinção persistir, uma sexta extinção em massa pode ocorrer dentro de 3 a 22 séculos.

Assim mesmo, o autor acrescentou que ainda não é tarde para salvar essas espécies em risco crítico. Isso exigiria lidar com uma grande lista de ameaças, incluindo a degradação de habitats, espécies invasoras, doenças e aquecimento global. De acordo com Barnosky, apenas 1% a 2% de todas as espécies foram extintas até o momento, mas o que indica que estamos no caminho rumo à extinção em massa. [Fonte: Estadão]