quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Extinção...

Temperatura pode causar extinção em massa de espécies, diz estudo:

Cientistas britânicos da Universidade de York concluíram que as altas temperaturas previstas para os próximos séculos vão provocar uma extinção em massa da biodiversidade, que poderia incluir o ser humano.
As temperaturas previstas seriam comparáveis a uma etapa de grande existência de gases do efeito estufa, ocorrida há 251 milhões de anos, quando 95% das plantas e animais desapareceram da face da Terra.
Os especialistas examinaram o vínculo entre as temperaturas e a biodiversidade em um período de 520 milhões de anos, seguindo todos os registros fósseis acessíveis.
Segundo o estudo, a biodiversidade no planeta é muito alta durante períodos de temperaturas médias, e baixa durante tempos de clima quente. E foram justamente os períodos de muito calor que provocaram as piores extinções terrestres.
"Nossos resultados vêm da primeira evidência clara de que o clima global pode explicar variações substanciais nos registros fósseis, de uma forma simples e consistente", disse o cientista Peter Mayhew, coordenador da pesquisa.
Previsões
"Se nossos resultados seguirem a linha de projeção de altas temperaturas, a magnitude [da mudança climática prevista] será, por conseqüência, comparável com as flutuações de longo prazo no clima terrestre, algo que sugere o aumento da extinção de espécies", prosseguiu.
O estudo, publicado na revista britânica especializada "Proceedings of the Royal Society B", comparou informações coletadas sobre a biodiversidade marinha e terrestre com temperaturas de mares e continentes durante os mesmos períodos.
Os cientistas descobriram que quatro dos cinco períodos com maior extinção de espécies na Terra estiveram associados a grandes massas de gases do efeito estufa, em condições climáticas mais quentes e chuvosas, em lugar de climas mais frios ou temperados.
"Poderíamos esperar, no pior dos casos, que nos próximos séculos permaneçam na Terra poucas gerações de humanos. Temos que descobrir agora porque as altas temperaturas e as extinções estão vinculadas dessa forma", concluiu Mayhew.




Nota do editor:

Já é hora de escolas e educadores priorizarem uma educação ambiental consistente e deixar de lado os currículos ultrapassados e descontextualizados do século XX. (Jorge Schemes)

Impacto do clima na biodiversidade

Cientistas alertam para impacto da mudança climática na biodiversidade:
Períodos da história com as maiores extinções estavam ligados a mudanças climáticas. Terra deve alcançar nível crítico nos próximos 100 ou 200 anos.
O aumento das temperaturas do planeta previsto pelos cientistas para os próximos dois séculos representará uma ameaça para várias espécies, segundo um estudo britânico publicado na revista "Proceedings of the Royal Society".
As temperaturas previstas correspondem aproximadamente a outras fases características do efeito estufa, nas quais 95% das plantas e animais que povoavam o planeta foram extintos, alertam os autores do relatório.
Os pesquisadores estudaram a relação entre clima e diversidade da flora e da fauna ao longo de 520 milhões de anos.
Eles chegaram à conclusão de que os cinco períodos da história do planeta nos quais foram registrados os maiores níveis de extinção de espécies estavam ligados a mudanças climáticas.
O aumento das temperaturas associado a quatro das extinções em massa conhecidas através do estudo dos fósseis corresponde aos níveis que os analistas prevêem que a Terra deve alcançar nos próximos 100 ou 200 anos.
Os cientistas descobriram que a biodiversidade global é alta durante os períodos de esfriamento do clima do planeta e muito baixa nas chamadas fases de efeito estufa - temperaturas altas e com maior umidade.
A maior extinção de espécies foi registrada há 251 milhões de anos, quando aproximadamente 95% de todas as espécies desapareceram.
"Os resultados obtidos são as primeiras provas claras de que o clima global pode explicar de modo simples e consistente a existência de grandes variações na história dos fósseis", afirma o cientista britânico Peter Mayhew.
"Se estes resultados forem aplicados à atual fase de aquecimento, cuja magnitude é comparável às variações no clima do planeta, isso significa que a extinção (de espécies) aumentará", acrescenta.
Os cálculos sobre o efeito que o aquecimento global pode ter na flora e na fauna indicam que entre 20% e 30% das espécies desaparecerão se as temperaturas subirem entre 1,5 e 2,5 graus Celsius.
Esta elevação da temperatura pode ocorrer até meados do século, e o ritmo de extinção das espécies aumentará com o aquecimento do planeta.

Até o final do século, os cientistas prevêem que a temperatura média subirá em até 6,4 graus Celsius, a não ser que os países diminuam as emissões de dióxido de carbono, consideradas responsáveis pela mudança climática.


Histórico:
Os pesquisadores que analisaram os fósseis do planeta descobriram que variações de temperatura semelhantes foram observadas em todas as extinções pré-históricas em massa.
Das cinco registradas, a mais recente é a do Cretáceo-Terciário, ocorrida há 65 milhões de anos, quando as temperaturas do planeta eram 4 graus Celsius maiores que as atuais.
Acredita-se que um clima tipo estufa, provavelmente aliado ao impacto de um meteoro, teria contribuído para a extinção dos dinossauros.
A maior extinção aconteceu no final do período Pérmico, há 251 milhões de anos, quando aproximadamente 95% das espécies marítimas e 70% das terrestres desapareceram do planeta.
Naquela época, acredita-se que as temperaturas fossem cerca de 6 graus mais elevadas que as atuais.
Quatro das cinco extinções em massa foram causadas por climas tipo estufa, enquanto só a primeira teve relação com temperaturas mais baixas: naquela época foram formadas várias geleiras, e o nível do mar diminuiu.
Segundo Tim Benton, da Universidade de Leeds, o que ocorre atualmente com o clima esboça um futuro negro para muitas espécies, mas é possível que novas apareçam.
Desta forma, as borboletas podem desenvolver músculos mais fortes que permitam a elas bater as asas e alcançar lugares onde elas não tenham concorrentes, e talvez o processo torne estes insetos tão diferentes que seja preciso classificá-los como uma nova espécie.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Aumento da taxa de Carbono no Ar

CO2 acumula-se na atmosfera mais depressa que o esperado:


65% da aceleração do aumento da taxa de carbono no ar foi causada pelo crescimento econômico:
A economia mundial vem exigindo mais CO2 para gerar cada dólar de crescimentoSÃO PAULO - A economia mundial está injetando cada vez mais dióxido de carbono na atmosfera, e a eficiência dos mecanismos naturais para retirar o gás causador do efeito estufa do ar vem diminuindo. As duas más notícias aparecem em estudo realizado por uma equipe internacional e publicado pelo periódico Proceedings of the National Academy os Sciences (PNAS).

Enviada da ONU para clima cobra compromisso de todos países

Segundo o trabalho, a taxa de aumento das emissões de CO2 passou de 1,3% ao ano, nos anos 90, para 3,3% ao ano, entre 2000 e 2006. Os pesquisadores atribuem o fato à recente aceleração do crescimento econômico mundial e ao aumento da intensidade de carbono da economia - isto é, do CO2 liberado para gerar cada dólar do PIB mundial. Além disso, os pesquisadores documentam uma tendência, verificada nos últimos 50 anos, de perda de eficiência dos chamados "ralos" por onde a natureza elimina os excessos do gás, que assim acumula-se em taxas maiores na atmosfera.

O estudo estima que, desde 2000, 65% da aceleração do aumento da taxa de carbono no ar foi causada pelo crescimento econômico, 17% ao aumento do consumo de carbono pela economia e 18%, pela perda da eficiência dos mecanismos naturais de reciclagem. Os autores do trabalho notam que o acúmulo de maiores quantidades de CO2 na atmosfera já era esperado, mas que "a magnitude dos sinais observados parece maior que a estimada pelos modelos".

Ao analisar o aumento da intensidade de carbono da economia mundial, os autores do trabalho notam que taxa de emissões de CO2 necessária para produzir US$ 1 do Produto Mundial Bruto (PMB) caiu de 0,35 kg de carbono por dólar, em 1970, para 0,24 kg/dólar em 2000, mas que desde então a relação voltou a aumentar, o que vem fazendo a um ritmo de 0,3% ao ano.

O trabalho nota, ainda, que existe um aumento na fração de dióxido de carbono presente do ar, em comparação com o que é absorvido pela terra e pelos oceanos, o que sinaliza um enfraquecimento dos "ralos" naturais do gás.

Os autores afirmam que a fração que fica na atmosfera, desde 1959, oscilou entre 0% e 80% do carbono emitido, e esteve em 46% entre 2000 e 2006. Agora, vem aumentando a uma taxa de até 0,46% ao ano. "A elevação da fração implica que as emissões de carbono vêm crescendo mais depressa que a estocagem em terra e nos oceanos", diz o artigo.

"Todas essas mudanças caracterizam um ciclo do carbono que gera uma pressão sobre o clima mais forte e mais rápida que o esperado", afirma o texto publicado pela PNAS. (Fonte: Carlos Orsi - estadao.com.br)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Aquecimento Global e Saúde Pública

Aquecimento global ameaça saúde pública, afirmam especialistas da France Presse, em Chicago:

O impacto do aquecimento global sobre as doenças contagiosas se tornará um desafio muito complexo de saúde pública no mundo, consideraram especialistas reunidos em Chicago. O tema foi incluído pela primeira vez nos discursos de abertura da Conferência Anual sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (ICAAC).Organizada pela Sociedade Americana de Microbiologia, esta é a 47ª edição do evento, que reúne cerca de 12 mil médicos e pesquisadores de todo o mundo."O fato de o tema ter grande destaque no programa desta conferência revela sua importância", disse Anthony McMichael, do Centro Nacional de Epidemiologia e Saúde da População da Universidade de Canberra (Austrália). "Há alguns anos, provavelmente não o teríamos abordado, mas os indícios mostram que o aquecimento global aumenta mais rapidamente do que pensávamos há apenas cinco ou dez anos", acrescentou.O tema é complexo e exige que sejam reunidos o mais rápido possível os dados para a elaboração de modelos baseados na evolução das doenças durante as últimas décadas para que se compreenda bem o risco futuro, acrescentou o especialista.Um exemplo são os casos de vírus do Nilo Ocidental, que aumentaram exponencialmente nos Estados Unidos e no Canadá desde 1999, à medida que as mudanças climáticas permitem que o mosquito transmissor da doença se multiplique.Um modelo elaborado para projetar a evolução da malária na África Ocidental mostrou que a incidência da doença provavelmente diminuirá nessa região à medida que ela se torna cada vez mais quente e seca, o que contém o desenvolvimento do mosquito transmissor do patógeno causador do mal.
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Especial

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Efeito estufa atingiu nível esperado só daqui a dez anos


Gases do efeito estufa atingiram níveis perigosos:


O boom da economia global levou a emissão de gases do efeito estufa a um perigoso patamar que só era esperado dentro de uma década e que poderá gerar danos climáticos potencialmente irreversíveis, afirmou um dos maiores cientistas da Austrália.


Tim Flannery, um especialista em questões climáticas reconhecido mundialmente e vencedor do Prêmio Australiano do Ano em 2007, afirmou que o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas a ser divulgado em novembro mostrará que os gases do efeito estufa já atingiram níveis perigosos.


Segundo Flannery, o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) mostrará que os gases do efeito estufa presentes na atmosfera na metade de 2005 haviam atingido uma concentração de cerca de 455 partes por milhão de dióxido de carbono equivalente -- um cenário previsto para instalar-se daqui a 10 anos.


"Acreditamos que chegaríamos a esse limiar em cerca de uma década", disse Flannery a canais de TV australianos na noite de segunda-feira.


"Segundo o relatório, a quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera já está acima do limite e já há a possibilidade de haver mudanças climáticas perigosas."


Flannery, da Universidade Macquarie, disse ter visto os dados que integrarão o documento do IPCC.


O cientista afirmou que a expansão da economia global, com destaque para a China e a Índia, é um fator de peso por detrás da inesperada aceleração dos níveis de concentração dos gases do efeito estufa.


Representantes de todo o mundo reúnem-se em dezembro, em Bali (Indonésia), a fim de dar início a negociações sobre um acordo capaz de substituir o Protocolo de Kyoto, que fixa limites compulsórios de emissão e que deixa de vigorar em 2012.
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